terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

EXOPLANETAS E EXOBIOLOGIA

 

        Acompanhe também: Os Exilados não são de Capella


        Conhecemos como exoplaneta qualquer planeta extra-solar ou seja, que esteja na órbita de uma estrela que não seja o Sol. Em 2021, ano que tem sido acompanhado por uma série de acontecimentos importantes para a humanidade, pandemias e colapsos econômicos que afetam grande maioria das nações em todos os continentes, educação comprometida pela dicotomia estabelecida pelo politicamente correto e sua contradição; não obstante grande avanço científico em praticamente todos os campos do conhecimento científico, com tecnologias que possibilitam o alcance de mundos distantes, com telescópios eletrônicos e sondas enviadas a alguns planetas do sistema solar, trazendo imagens mais detalhadas de outras realidades além da Terra. Já somam alguns milhares desses planetas onde se estudam as possibilidades de vida que dizemos ser constituída de uma exobiologia própria de cada mundo, são encontrados através de vários métodos de busca.

Trânsito planetário é um deles: detecção indireta




        

        A detecção direta é um outro método, mas que na maioria dos casos não resulta efeito dado as enormes distâncias que separam as estrelas e profundas distorções magnéticas que geralmente ocorrem. Outro fato significativo se deve ao brilho do exoplaneta ser muito menor do que o da estrela que ele orbita, sendo também um grande entrave a presença de densas nuvens de gás e poeira ainda presentes no ambiente que serviu para sua formação. 



        A técnica de detecção de trânsito planetário é responsável por um pouco mais de 78% das descobertas efetuadas até aqui. Uma outra técnica interessante é a da velocidade radial que foi utilizada em cerca de 18% das outras descobertas feitas até aqui. Em semelhantes casos, a presença do exoplaneta faz com que a estrela, vista da Terra, apresente um pequeno movimento oscilatório, cuja velocidade na direção do observador altera periodicamente a cor da luz estelar captada – uma alteração que, correspondendo a uma variação de frequência da luz emitida pela estrela, é explicada pelo efeito Doppler.

Gliese 581

        A primeira descoberta se deu por volta de 1995, e a partir daí vários instrumentos têm se tornado úteis na detectação de muitos outros exoplanetas, poucos, podem ser contados nos dedos, são os que guardam alguma semelhança física com a Terra tanto em tamanho como em sua química de um modo geral. De acordo com a matemática apresentada acima, cerca de 96% dos mundos encontrados até 2021 utilizaram-se de apenas dois métodos. Para os outros 4% têm se buscado outros métodos, e creio que com o tempo esse percentual venha a ser mudado.








sábado, 13 de fevereiro de 2021

RESUMO SOBRE O SISTEMA CAPELLA

Capella, designada na forma latina por Alpha Aurigae, ou numa forma mais simples por Alpha Aur, vista no hemisfério norte como a sexta estrela mais brilhante, se observada no céu noturno, seguida depois de Arcturo e Vega; tem despertado curiosidade e sustentado diversas lendas desde o Egito antigo e a magna Grécia, aparecendo em diversas mitologias. Sabemos hoje ser uma fonte potencial de raios-X, principalmente se considerarmos sua estrela principal (trata-se de um sistema quádruplo, seguido de muito perto por outras 5 ou 6 estrelas anãs num raio de 1 anos-luz) que temos denominado como Capella Aa, por comodidade. A região estelar em consideração é conhecida como sendo um berçário estelar e tem sido observada com grande interesse por muitos astrônomos do mundo inteiro. Embora, devido a distância de 42,9 ly (anos-luz) em que se apresenta da Terra, temos a impressão de que temos somente uma estrela quando observada a olho nu, mas Capella é na verdade um sistema de estrelas quádruplo composto por um par de gigantes amarelas denominadas como Aa e Ab, separadas por 0,74 UA, sendo 2,8 e 2,2 mais massivas que o nosso Sol; acompanhadas por um par secundário, Capella H e Capella L, duas pequenas anãs vermelhas relativamente frias, distantes 10K unidades astronômicas. As duas estrelas principais praticamente esgotaram seu hidrogênio, sofrendo expansão e saíram de sequencia principal (Hr). Elas estão em uma órbita aproximadamente circular em torno de um centro de massa comum do sistema, com duração de 104 dias. Capella Aa apresenta uma temperatura de superfície inferior a Capella Ab, sendo bem mais luminoso do que sua companheira, perfazendo uma luminosidade cerca de 78,7 +/- 4,2 vezes a luminosidade do Sol (imagine a luz solar do verão tropical exatamente ao meio dia multiplicada por 79) e 11,98 +/- 0,57 vezes o seu raio; trata-se de uma estrela que se apresenta vermelha envelhecida, e que se encontra fundindo hélio ao carbono e oxigênio em seu núcleo. Retornando a Capella Ab, percebemos ser ligeiramente menor que sua companheira e pertencente à classe espectral G1III, sendo 72,7 +/-3,6 mais luminosa que o Sol e 8,83 +/- 0.33 vezes o seu raio, também fora da sequência principal da escala Hr, numa fase ligeiramente  evolutiva que classificamos como subgêra à medida que se expande e esfria para se tornar uma gigante vermelha. As outras estrelas foram catalogadas mas alguns cientistas resistem em  relacioná-las fisicamente no sistema.